Esqueça quaisquer noções preconcebidas sobre o que é a culinária japonesa. Mas também nem sequer pense em um uma churrascaria, por exemplo, japonesa: a carne bovina só foi introduzida no Japão nos últimos dois séculos. E neste guia, vamos viajar para bem antes! Você vai conhecer tudinho sobre a história desta culinária tão famosa e descobrir como experimentá-la, seja qual for o seu tipo de paladar!
Vamos entender as origens e as referências da culinária que conquista todos que a conhecem e que com certeza vai conquistar você também.
Você vai descobrir que, como em qualquer cultura, muito do que existe hoje na culinária japonesa tem origens que você nem imagina.
Por exemplo, o tempurá, um prato muito popular e saboroso, que todo mundo pensa ser de origem puramente japonesa: tem origem numa palavra e na cultura portuguesa.
Tempurá, ou quatuor tempora, era um jejum religioso quando o povo em Portugal não podia comer carne, então comia peixe. Normalmente, os portugueses fritavam o peixe na massa.
Eles introduziram o método no século XVI e o tempurá permaneceu muito tempo depois de terem sido expulsos do Japão, junto com toda uma série de outros alimentos introduzidos pelos portugueses: o kasutera, que é uma Castilla, uma espécie de pão-de-ló amarelo da Espanha; o konpeito, que são confeitos; o karumera, o delicioso caramelo.
Muitas das tradições culturais e culinárias do Japão vieram também da China e da Coréia em particular.
A mais importante delas é o arroz, que só chegou ao Japão no final do Neolítico, há cerca de 2.400 anos, com imigrantes vindos do continente. Antes disso, na Era Jomon, os japoneses ainda eram caçadores e coletores.
Os povos asiáticos vieram mais tarde do continente, trazendo consigo arroz e ferramentas de metal; e então, de repente, como em qualquer outro lugar, a população aumentou.
A variedade de arroz introduzida era de grão curto, pegajoso e relativamente doce. Até hoje, os japoneses geralmente não comem arroz de grão longo.
Grande parte de sua culinária é baseada na qualidade tátil do arroz que usam e no fato de ele grudar, facilitando a coleta com um pauzinho.
No geral, toda a culinária japonesa era baseada em peixe, e apenas os monges budistas estritos o evitavam.
O Japão é cercado por água; portanto, ninguém nunca está muito longe do mar. Por isso, na culinária japonesa, o ideal é que o peixe seja o mais fresco possível.
Agora os famosos e queridinhos Sushi e Sashimi: quais as diferenças entre eles?
Você pode até nunca ter provado, mas certamente já ouviu falar sobre sushi e sashimi, certo?
Afinal, é praticamente impossível falar de culinária japonesa sem imediatamente a associarmos a estes pratos, que além de deliciosos são bem saudáveis.
Mas você sabe qual é a diferença entre eles?
Esses dois pratos estão sempre no cardápio de qualquer restaurante japonês. Tanto o sushi quanto o sashimi são deliciosos e hoje são populares em todo o mundo.
No entanto, eles são diferentes em termos de ingredientes e preparação.
O sushi é conhecido como um rolo recheado com arroz fermentado cozido, peixe cru ou cozido, camarão, abacate, algas e vegetais.
É comumente servido com molho de soja, wasabi, gengibre ou molho teriyaki.
Chefs latinos criaram rolos de sushi cheios de fusão, sabor e estilos únicos entre comida tradicional, oriental e latina. Por exemplo, alguns levam banana ou queijo, além do tempero latino.
Já o sashimi significa “peixe furado” e é o nome dado a pedaços frescos de peixe cru cortados em fatias sem arroz.
A espessura precisa vai depender da espécie de peixe e é servido junto com molho de soja, pasta de wasabi, gengibre fresco ralado ou alho.
Os sashimis mais comuns são os de salmão, atum, savelha, camarão, vieiras e polvo.
Por uma questão de segurança alimentar, o sashimi geralmente envolve água salgada porque a água doce é mais propensa a ser contaminada por parasitas.
Variedades diferentes de pratos da culinária japonesa que os iniciantes podem experimentar
Apesar de os mais famosos serem os tradicionais sushi e sashimi, o Japão tem vários tipos diferentes de pratos, muitos dos quais são tradicionalmente baseados em arroz.
Um formato tradicional das refeições japonesas, por exemplo, apresenta uma tigela de arroz com alguns acompanhamentos variados.
O macarrão à base de trigo também se tornou um alimento básico na culinária japonesa, especialmente nas últimas décadas, e combinou perfeitamente com o amor do Japão pelo caldo para criar pratos quentes como a sopa de macarrão udon.
O ramen, migrado da China, também é muito popular no Japão.
Mas nem todos os pratos de macarrão são servidos quentes: o macarrão de trigo sarraceno, por exemplo, forma a base para a salada fria.
Outro prato quente também muito popular no Japão é o sukiyaki, um prato de panela quente com carne fervendo ou tofu.
E agora já podemos pensar nas churrascarias japonesas, afinal, já entendemos que as origens da culinária japonesa e também como ela evoluiu através do contato com vários povos.
E, sim, os japoneses adoram uma carninha também!
Etiqueta à mesa na culinaria japonesa: da produção dos alimentos ao uso dos hashis
Historicamente, a etiqueta alimentar era extremamente rígida nas receitas tradicionais japonesas.
Além da regra de não comer carne, os chefs nunca sonhariam em permitir que certos alimentos se tocassem no prato e havia regras rígidas sobre colocar outros alimentos em cima do arroz.
Mais recentemente, a comida japonesa evoluiu graças às influências, principalmente, da China, enquanto a globalização introduziu mais influências ocidentais em seus pratos.
As coisas ficaram mais relaxadas!
Entre em qualquer Izakaya (traduzido livremente como ‘bar’) e você verá todos os tipos de ingredientes unidos de maneiras novas e criativas.
Sem mencionar o uso indispensável dos hashis, que para muita gente é o pesadelo da ida ao restaurante de comida japonesa!
Se você quiser aprender a usar os hashis, aprenda aqui. É possível!
Mas, como tudo ficou mais tranquilo, existem hashis para iniciantes e, claro, você sempre pode pedir pelos talheres!
E tanta rigidez assim, apesar das novas influências, explica-se, em parte, porque a culinária japonesa é um produto único de religião e localização.
Após a introdução do budismo no Japão, os imperadores desaprovaram a carne e a proibiram por longos períodos.
Os japoneses recorreram a outros ingredientes, incluindo frutos do mar, que já era uma escolha natural para um país insular.
O que ainda hoje representa uma parte importante da culinária do país, embora a proibição da carne tenha sido suspensa séculos atrás.
Bebidas da culinária japonesa: muito além do saque
Outro elemento muito característico da imagem da culinária japonesa para nós, ocidentais, é o saquê, uma bebida alcoólica fermentada produzida a partir de 3 ingredientes principais: arroz, água e kōji.
O ponto importante para ser considerado saquê é que somente o arroz é fermentado no processo; nenhum outro grão ou açúcar participa da fermentação.
O chá verde também faz parte desta representação ocidental do que seria a culinária japonesa. E é, de fato, uma tradição milenar no Japão.
Mas além destes dois queridinhos, existem outros drinks que podem impressionar os iniciantes na cultura japonesa.
Um deles é o umeshu ,um licor tradicional japonês feito da fruta umê .
É muitas vezes referido como “vinho de ameixa”, embora na verdade não seja vinho. Em vez disso, é o suco da fruta embebido em nihonshu e shochu.
A fruta ume cria um sabor cítrico que é doce e azedo, tornando-se o acompanhamento perfeito para a culinária japonesa.
E aqui um ponto curioso: é comumente servido com gelo, mas também pode ser apreciado quente!
Mas nem tudo é assim tão diferente na culinária japonesa. Os japoneses também adoram uma boa cerveja gelada!
Para sabores picantes como wasabi, uma cerveja leve e levemente adocicada equilibra o calor da comida.
Uma combinação popular é cerveja gelada e edamame.
O edamame levemente salgado é um ótimo lanche de bar para acompanhar uma cerveja – semelhante à maneira como comemos amendoins ou batatas fritas.
Para acompanhar o sushi, as marcas de cerveja japonesas Asahi, Sapporo e Kirin Ichiban são ótimas opções, pois realçam os intrincados sabores deste prato tão tradicional.
E agora que você já está preparado para iniciar sua aventura pelo mundo dos incríveis sabores da culinária japonesa, deve saber como escolher um bom restaurante para que sua experiência seja ainda melhor:
- precisa ter um ambiente agradável;
- um atendimento excelente;
- um cardápio variado;
- um chef e uma equipe talentosos e caprichosos.
E sabe onde você encontra tudo isso?
No Mori Ohta, é claro!
Venha desvendar os mistérios desta culinária encantadora com quem conhece a história e valoriza a qualidade!
